terça-feira, 27 de setembro de 2011

Portugal fatura Especial do Júri e brasileiros vencem em sete segmentos do prêmio internacional José Hamilton Ribeiro de Jornalismo

A série de reportagens  “Meu nome é Portugal”, de autoria da jornalista Ana Sofia Fonseca (e equipe), e veiculada na emissora de televisão portuguesa SIC, foi a grande vencedora com o Prêmio Especial do Júri e outros sete brasileiros (inclusive estudantes) foram os vencedores em todas as categorias/segmentos na primeira edição do internacional Prêmio José Hamilton Ribeiro de Jornalismo, entregue em cerimônia realizada na sexta-feira, 23, em São José do Rio Preto (Estado de São Paulo – Brasil) aos melhores trabalhos de jornalistas de língua portuguesa  nas oito categorias previstas pelo regulamento do certame.
O evento que teve lugar no teatro do SESC – Serviço Social do Comércio, nessa cidade que se localiza no noroeste paulista e contou com grande parte dos finalistas e convidados, bem como com a presença de autoridades como o deputado federal (e relator da Comissão da Verdade, recém instalada na Câmara Federal) Edinho Araújo (PMDB), do secretário de imprensa da Embaixada de Portugal no Brasil, jornalista Carlos Fino, dos representantes das entidades apoiadoras do Prêmio, como o diretor executivo na FENAJ, José Torves, do presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, José Augusto de Oliveira Camargo e do secretário executivo da Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa – FJLP, Alcimir Carmo.
Ainda na composição da mesa, o diretor regional do SESC, Sebastião Martins (que se manifestou em nome da equipe de colaboradores) e enalteceu a iniciativa do Prêmio que homenageia um repórter do interior de São Paulo (das proximidades de Rio Preto, Santa Rosa do Viterbo), bem como o jornalista Mário Soler, representando a Comissão Julgadora, formada por experientes jornalistas de vários segmentos, como Marisa Amorim, Adib Muanis, Ruy Sampaio, Lúcio Ramos, dentre outros nas fases preliminares e do próprio José Hamilton Ribeiro, presidente de honra e homenageado como patrono do Prêmio que leva o seu nome e que pretende premiar os melhores trabalhos no jornalismo de língua portuguesa.
A Coordenadora de Organização do Prêmio, jornalista Daniele Jammal, disse que o Prêmio superou todas as expectativas, “tendo em vista o volume de trabalhos inscritos, que chegou a 267, com a participação de 15 estados brasileiros e 4 países de língua portuguesa, incluindo Portugal, vencedor com uma série que emocionou a todos pelo conteúdo e qualidade da produção”. Jammal ainda destacou que, agora consolidado, a ideia da Comissão Organizadora é a de iniciar desde já a organização da segunda edição, “tendo em vista que é preciso aprimorar todo o processo, inclusive com a possibilidade de participação de jurados nos países de língua portuguesa, ou seja, a comissão será ainda mais eclética e poderá julgar os trabalhos com os recursos da internet, bem como numa sessão final, em bate-papo em linha”.
Para o jornalista Alcimir Carmo, secretário executivo da FJLP e de quem foi a iniciativa da criação do Prêmio “em homenagem a uns dos maiores jornalistas brasileiros e grande ícone do jornalismo internacional de língua portuguesa, a ideia é mesmo criar mecanismos para uma melhor divulgação e participação das representações dos jornalistas lusófonos nesse processo de organização e julgamento dos trabalhos, os quais, certamente, serão ampliados por causa da repercussão desta primeira edição!”
Tanto o presidente do SJSP, José Augusto (Guto) de Oliveira Camargo, quanto o diretor executivo na FENAJ, José Torves, elogiaram a organização do Prêmio e reiteraram a disposição das entidades em seguir apoiando-o, como forma de interagir com os jornalistas de língua portuguesa e, ainda, a possibilidade de intercâmbio de experiências no universo do jornalismo, em especial em tempo de globalização  profissional e empresarial no âmbito lusófono, quando, empresas e empregados jornalísticos estão cada vez mais  com atuação no mercado do jornalismo.
O secretário de imprensa da Embaixada de Portugal, jornalista Carlos Fino (ex-correspondente internacional da RTP, baseado por muitos anos em Moscou – então União Soviética - e Washington/EUA – disse ter ficado lisonjeado por poder participar de momento histórico para o jornalismo internacional e deu seu contributo em uma falação sobre a necessidade de se preparar ao máximo os colegas que cobrem os conflitos internacionais -  disse isso com a experiência e sabedoria de quem é profundo conhecedor do assunto. “O jornalista Carlos Fino foi o primeiro profissional em todo o mundo a noticiar o início da guerra do Iraque, em extraordinária cobertura da RTP, a Rádio e Televisão Portuguesa”, destacou o secretário da FJLP, jornalista Alcimir Carmo.
O homenageado, José Hamilton Ribeiro, denominado como rei do  jornalismo de reportagem (ele que foi correspondente de guerra, pela revista Realidade, bem como atuou em vários veículos como Folha de São Paulo e TV Globo) ficou emocionado em ter seu nome perpetuado em um prêmio que já é um grande sucesso internacional, em especial junto aos jornalistas. Em matéria veiculada nacionalmente, o colega Zé Hamilton (como gosta de ser chamado) destacou a importância desse prêmio de abrangência internacional às comunidades e países de língua portuguesa, ao chamar a atenção de que se trata de um prêmio para jornalistas, feito por jornalistas e avalizado por jornalistas!
Os vencedores

Prêmio Especial do Juri 
Série de Reportagem denominada “O meu nome é Portugal”,  que, segundo divulga a emissora  SIC, retrata “...a vida de João Sabadino Portugal, o qual deve o nome às ironias do destino. Foi capturado num sábado, pela tropa portuguesa. Corria 1967, no Norte de Moçambique, a guerra colonial arrastava-se a ferro e fogo. Franzino nos seus cinco anos, passou por baixo das balas dos fuzileiros. Caladas as armas, capturaram-se os vivos. Entre eles, seguia o pequeno. Os militares acharam-lhe graça, tiraram-no da mãe e fizeram-no mascote”.
Chegou aos 47 anos, e até então não tinha documentos e nem reconhecida a cidadania portuguesa. Perdeu contato com os familiares em Moçambique, a maioria nem fala português, e os reencontra após o esforço dessa reportagem de autoria da jornalista Ana Sofia Fonseca (e toda equipe) e que é tocante e extremamente bem produzida.  Os membros da Comissão Julgadora do Prêmio José Hamilton Ribeiro de Jornalismo consideraram o trabalho jornalístico de primeira grandeza.
Equipe:
Jornalista Ana Sofia Fonseca
Repórter de imagem - Paulo Cepa
Edição de Imagem - Luís Gonçalves
Grafismo - Isabel Cruz
Produção – Sónia Ricardo
Pós-Produção Áudio - Edgar Keats
Telejornalismo
Reportagem: Juventude Vendida – jornalista Wendell Rodrigues (TV Record da PB)
Reportagem cinematográfica
Reportagem: O Resgate de Dona Lair – jornalista Rogério Miguel de Paula  (InterTV/ Globo RJ)
Reportagem impressa
Reportagem: Guerras desconhecidas do Brasil – jornalista Leonêncio Nossa Júnior – (O Estado de São Paulo – SP)
Reportagem fotográfica
Reportagem: A face gaúcha da miséria – jornalista Tadeu Vilani – (Zero Hora – RS)
Novas Mídias
Reportagem: Tecnologia a serviço do crime – jornalista Cid Martins (Rádio Gaúcha – RS)
Assessoria de Imprensa
Campanha: Carnaval de rua transforma cidade pequena em “aldeia global” – Janaína Secco (Mirassolândia   - SP)
Universitário
Reportagem:  Especial Justiça – estudantes: André Martins Ferreira e Lucas Fernandes Alvarenga - IMEC - Instituto Mineiro de Educação e Cultura Uni-BH (Centro Universitário de Belo Horizonte)

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